Introdução

A nossa estrutura física permite-nos andar, correr, mas não voar. Desde a antiguidade que o voo se tornou como que uma actividade mágica. Prendeu a atenção do homem que, através da observação das aves, o tentou imitar.

Hoje é possível ao ser humano voar com o auxílio da tecnologia, uma proeza recente na história da humanidade. Podemos comprová-lo quando observamos a descolagem imponente de um jacto comercial ou a agilidade de um caça militar.

Propomo-nos com este projecto lançar-nos na aventura do voo, fazendo uma viagem transdisciplinar entre as ciências exactas (Matemática e Física) e as artes (Oficina de Artes, Área de Projecto e Oficina Multimédia), passando pelas competências dos lançadores (Educação Física).

Ambicionamos transformar os conteúdos da matemática e da física, que aparentemente se apresentam aos olhos dos alunos como áridos, em algo de concreto e divertido de forma a dar-lhes alma, carácter e acção. Com uma folha de papel, imaginação, criatividade, alguma ciência e muita emoção pretendemos falar de geometria plana, Leis de Newton, criatividade, estética, escultura cinética, impulso, força, velocidade, lançamento, etc.

Fotografia cedida por: Força Aérea Portuguesa-SDFA-AH.

Aquilo que à partida poderia ser uma brincadeira para crianças – o avião de papel – é o pretexto para chegar à aerodinâmica, porque os princípios científicos que descrevem o voo de um avião de papel são os mesmos que explicam o voo de uma ave e do mais moderno dos aviões. Ou seja, o velhinho avião de papel com que todos algum dia brincaram vai ser transformado em objecto didáctico e reabilitado com uma mais valia pedagógica.