Trabalho realizado por João Paulo Rodrigues (12ºL – 2010/2011)
Alberto Santos Dumont foi um dos pioneiros da aviação mundial. Conhecido pela criação dos primeiros dirigíveis e pela sua tese correcta de que o voo dirigido pelo homem era possível.
Dumont nasce em 20 de Julho de 1873 perto do município de João Aires, no estado Minas Gerais, Brasil.
Foi baptizado a 20 de Fevereiro de 1877 na paróquia de Santa Teresa em Valença.
Filho de Henrique Dumont e D. Francisca de Paula Santos. Alberto foi o sexto filho de uma série de oito (Henrique, Maria Rosalina, Virgínia, Luiz, Gabriela, Sophia e Francisca, sendo as duas últimas mais novas depois dele).
Em 1879 o seu pai Henrique Dumont, transferiu-se com a família para o estado de São Paulo onde iniciou a organização de uma fazenda de plantação de café.
Estudou dos 10 anos até aos 12 anos no colégio “Culto à Ciência” em São Paulo.
Em 1888 viu pela primeira vez um balão aerostático numa feira em São Paulo.
Em Abril de1891 (18 anos) fez com a sua família a primeira vez à Europa. Foi nesta viagem que em França escalou o Monte Branco, aventura de quase 5000 metros de altitude.
Em Novembro do mesmo ano viu a funcionar, pela primeira vez, um motor a petróleo, tendo afirmado: “O que eu vi - o que nós veremos”.
1892 foi o ano da sua emancipação, onde orientado e incentivado pelo seu pai foi para Paris com o objectivo de desenvolver seu potencial, estudando matemática, física, electricidade e mecânica, pois acreditava que o futuro da humanidade estaria na mecânica.
Em 1894 foi para Inglaterra realizar estudos na Universidade de Bristol.
Com 24 anos, independente regressou França onde contratou aeronautas e outros profissionais que lhe ensinaram pilotagem de balões. A experiência foi para ele tão fascinante que se lançou no empreendimento de produzir balões e dirigíveis.
A 23 de Maio de 1898 criou a menor aeronave até à data construída. O balão “Brasil”. O lançamento foi no Jardim da Aclimatação em Paris, onde fez elevar nos céus as cores de verde e amarelo (cores principais da bandeira do Brasil). Foi com este feito que Alberto Santos-Dumont revela a capacidade do homem conquistar o espaço.
Na tabela abaixo transcrita pode-se observar as características específicas da Balão Brasil:
Em simultâneo com o balonismo, iniciou experiências de dirigibilidade com o objectivo de os associar aos motores a gasolina.. Ansiava por poder controlar o voo, e para isso desenhou uma série de balões alongados dotados de lemes e motores.
O seu primeiro dirigível foi o N-1, medindo 25 metros de comprimento e 180 de cubagem. Foi inflamado a 18 de Setembro de 1898, mas acabou por não ser experimentado devido a um rasgão feito numa manobra. É de referir que o motor utilizado neste dirigível um motor Dion-Bouton modificado, com dois cilindros unidos pelas extremidades, alterações introduzidas por Santos Dumont.
1899 foi o ano em que Dumont desenvolveu a aeronave N-2, de comprimento semelhante ao N-1 com 200 metros cúbicos de volume e com um diâmetro maior a 3,80 metros. O que diferencia esta aeronave da anterior é o pequeno ventilador de alumínio que lhe foi acrescentado na tentativa de evitar a sua deformação (deficiência identificada no N-1). Infelizmente após os testes também este se revelou ineficaz.
Seguiu-se uma série de construções de novas aeronaves.
Em 1901 a 13 de Julho, Dumont disputa o Prémio Deutsch, em Paris, com o seu N-5, infelizmente ultrapassou por dez minutos o tempo estipulado. No mês seguinte competiu de novo mas chocou com a aeronave num prédio, fazendo com que o balão explodisse. Por fim, a 19 de Outubro de 1901 competindo como seu N-6, Alberto Santos executou com sucesso a prova conseguindo o prémio.
Após este feito Santos Dumont foi reconhecido tendo sido recebido por Theodore Roosevelt presidente dos EUA.
Após este tão grande reconhecimento social poder-se-ia pensar que Santos Dumont se tivesse deixado inebriar pela fama. Todavia tal facto não aconteceu, seguiram-se novos balões ao mesmo tempo que estendeu as suas explorações para os helicópteros. Em 1906 recebeu novos prémios.
Em Junho de 1907 experimenta um aeroplano com asas de madeira, o que veria a ser a19º aeronave . Em Novembro do mesmo ano testa-a. Os franceses apelidaram-na de Demoiselle devido à sua graciosidade e semelhanças com uma libelinha. Com a sua estrutura de bambu, pesando 110 quilos sofreu vários desaires nos primeiros testes tendo por fim sofrido um acidente que lhe causou graves danos.
Acreditando nos fundamentos da Demoiselle (19º aeronave) Dumont desenvolveu a “Demoiselle 20º”. Usando bambu na estrutura, com juntas metálicas e asas construídas em seda japonesa construiu uma aeronave leve e transparente que em Setembro de 1909 bate o recorde de velocidade (chegando aos 96Km/h) e distância de descolagem.
Em 1910 Dumont adoeceu tendo-lhe sido diagnosticado esclerose múltipla, decide então terminar a sua actividade na oficina e retira-se do convívio social.
A 23 de Julho de 1932 suicidou-se, por enforcamento, em consequência de uma depressão agravada devido às limitações sentidas. Foi enterrado no Cemitério de São João Batista no Rio de Janeiro.
Após a sua morte foram-lhe feitas várias homenagens e a sua casa em Petrópolis transformada em museu.
Bibliografia
http://www.cabangu.com.br/pai_da_aviacao/2-balao/2-primeiro.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Santos_Dumont
http://www.cabangu.com.br/pai_da_aviacao/7-pessoa/pg07.htm
http://www.cabangu.com.br/pai_da_aviacao/5-demois/pg05.htm
http://www.cabangu.com.br/pai_da_aviacao/1-cronol/pg01.htm
Filho de Henrique Dumont e D. Francisca de Paula Santos. Alberto foi o sexto filho de uma série de oito (Henrique, Maria Rosalina, Virgínia, Luiz, Gabriela, Sophia e Francisca, sendo as duas últimas mais novas depois dele).
Em 1879 o seu pai Henrique Dumont, transferiu-se com a família para o estado de São Paulo onde iniciou a organização de uma fazenda de plantação de café.
Estudou dos 10 anos até aos 12 anos no colégio “Culto à Ciência” em São Paulo.
Em 1888 viu pela primeira vez um balão aerostático numa feira em São Paulo.
Em Abril de1891 (18 anos) fez com a sua família a primeira vez à Europa. Foi nesta viagem que em França escalou o Monte Branco, aventura de quase 5000 metros de altitude.
Em Novembro do mesmo ano viu a funcionar, pela primeira vez, um motor a petróleo, tendo afirmado: “O que eu vi - o que nós veremos”.
1892 foi o ano da sua emancipação, onde orientado e incentivado pelo seu pai foi para Paris com o objectivo de desenvolver seu potencial, estudando matemática, física, electricidade e mecânica, pois acreditava que o futuro da humanidade estaria na mecânica.
Em 1894 foi para Inglaterra realizar estudos na Universidade de Bristol.
Com 24 anos, independente regressou França onde contratou aeronautas e outros profissionais que lhe ensinaram pilotagem de balões. A experiência foi para ele tão fascinante que se lançou no empreendimento de produzir balões e dirigíveis.
A 23 de Maio de 1898 criou a menor aeronave até à data construída. O balão “Brasil”. O lançamento foi no Jardim da Aclimatação em Paris, onde fez elevar nos céus as cores de verde e amarelo (cores principais da bandeira do Brasil). Foi com este feito que Alberto Santos-Dumont revela a capacidade do homem conquistar o espaço.
Na tabela abaixo transcrita pode-se observar as características específicas da Balão Brasil:
Ítem | Características | Peso Kg | Medida "Normal" |
---|---|---|---|
Dimensões | 113 m3, diâmetro 6 m | 500 m3 a 2000 m3 | |
Invólucro | 113 m2 seda japonesa | 3,5 | Seda chinesa |
Verniz | 10,5 | ||
Rede | Feita de cordas musicais | 1,8 | 50 Kg |
Guide-rope (corda) | 100 m | 6,0 | |
Âncora | Arpéu de ferro | 3,0 | |
Instrumentos | 4,7 | ||
Barquinha de Vime | 6,0 | 30,0 | |
Total | 35,5 | ||
Lastro | 30,0 | ||
Aeronauta | 50,0 |
Em simultâneo com o balonismo, iniciou experiências de dirigibilidade com o objectivo de os associar aos motores a gasolina.. Ansiava por poder controlar o voo, e para isso desenhou uma série de balões alongados dotados de lemes e motores.
O seu primeiro dirigível foi o N-1, medindo 25 metros de comprimento e 180 de cubagem. Foi inflamado a 18 de Setembro de 1898, mas acabou por não ser experimentado devido a um rasgão feito numa manobra. É de referir que o motor utilizado neste dirigível um motor Dion-Bouton modificado, com dois cilindros unidos pelas extremidades, alterações introduzidas por Santos Dumont.
1899 foi o ano em que Dumont desenvolveu a aeronave N-2, de comprimento semelhante ao N-1 com 200 metros cúbicos de volume e com um diâmetro maior a 3,80 metros. O que diferencia esta aeronave da anterior é o pequeno ventilador de alumínio que lhe foi acrescentado na tentativa de evitar a sua deformação (deficiência identificada no N-1). Infelizmente após os testes também este se revelou ineficaz.
Seguiu-se uma série de construções de novas aeronaves.
Em 1901 a 13 de Julho, Dumont disputa o Prémio Deutsch, em Paris, com o seu N-5, infelizmente ultrapassou por dez minutos o tempo estipulado. No mês seguinte competiu de novo mas chocou com a aeronave num prédio, fazendo com que o balão explodisse. Por fim, a 19 de Outubro de 1901 competindo como seu N-6, Alberto Santos executou com sucesso a prova conseguindo o prémio.
Após este feito Santos Dumont foi reconhecido tendo sido recebido por Theodore Roosevelt presidente dos EUA.
Após este tão grande reconhecimento social poder-se-ia pensar que Santos Dumont se tivesse deixado inebriar pela fama. Todavia tal facto não aconteceu, seguiram-se novos balões ao mesmo tempo que estendeu as suas explorações para os helicópteros. Em 1906 recebeu novos prémios.
Em Junho de 1907 experimenta um aeroplano com asas de madeira, o que veria a ser a19º aeronave . Em Novembro do mesmo ano testa-a. Os franceses apelidaram-na de Demoiselle devido à sua graciosidade e semelhanças com uma libelinha. Com a sua estrutura de bambu, pesando 110 quilos sofreu vários desaires nos primeiros testes tendo por fim sofrido um acidente que lhe causou graves danos.
Acreditando nos fundamentos da Demoiselle (19º aeronave) Dumont desenvolveu a “Demoiselle 20º”. Usando bambu na estrutura, com juntas metálicas e asas construídas em seda japonesa construiu uma aeronave leve e transparente que em Setembro de 1909 bate o recorde de velocidade (chegando aos 96Km/h) e distância de descolagem.
Em 1910 Dumont adoeceu tendo-lhe sido diagnosticado esclerose múltipla, decide então terminar a sua actividade na oficina e retira-se do convívio social.
A 23 de Julho de 1932 suicidou-se, por enforcamento, em consequência de uma depressão agravada devido às limitações sentidas. Foi enterrado no Cemitério de São João Batista no Rio de Janeiro.
Após a sua morte foram-lhe feitas várias homenagens e a sua casa em Petrópolis transformada em museu.
Bibliografia
http://www.cabangu.com.br/pai_da_aviacao/2-balao/2-primeiro.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Santos_Dumont
http://www.cabangu.com.br/pai_da_aviacao/7-pessoa/pg07.htm
http://www.cabangu.com.br/pai_da_aviacao/5-demois/pg05.htm
http://www.cabangu.com.br/pai_da_aviacao/1-cronol/pg01.htm
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Amelia Earhart
Trabalho realizado por Francisco Menezes (12ºL – 2010/2011)
Amelia Earhart: A Primeira Mulher a Voar
Desde pequena, Amélia foi cultivando o seu espírito de aventura. Passava os dias explorando a vizinhança e procurando coisas interessantes e excitantes para fazer. Juntamente com Pidge, a sua irmã mais nova, escalavam árvores, caçavam ratos com espingardas e desciam encostas com trenós.
Mesmo que seus interesses pelas brincadeiras fortes e duras fossem comuns às crianças da sua idade, alguns biógrafos diziam que a pequena Amelia apresentava tendências masculinas: coleccionava "minhocas, borboletas, gafanhotos e uma rã arborícola" nas suas excursões.
O seu instinto aventureiro ditou-lhe o destino de aviadora: com apenas sete anos e com a ajuda do tio, Amelia construiu com materiais caseiros uma rampa de lançamento que descia do telhado da cabana de ferramentas, na tentativa de imitar uma montanha-russa que vira em em St. Louis. Pegou num “trenó” caseiro e desceu a rampa. A brincadeira acabou com um lábio rebentado, o vestido rasgado, mas animada disse exclamando para a sua irmã: “Oh, Pidge, foi como se eu estivesse a voar!”.
Foi assim o primeiro “voo” documentado de Amelia.
Aos 11 anos de idade, depois de se mudarem para Des Moines, Amelia viu pela primeira vez um avião na Feira do Estado de Iowa. O pai perguntou se ela e irmã queriam subir a bordo do biplano, mas a pequena recusou o convite preferindo voltar para o carrossel da feira. Mais tarde, descreveu o avião como "uma coisa de fios oxidados e madeira, sem nenhum interesse".
Em 1922, estabeleceu um recorde não oficial de aviação sendo primeira piloto feminina a voar acima de 4200 m, e em 1923 tornou-se a primeira mulher, (e com apenas dezassete anos), a receber a licença de piloto da National Aeronautic Association.
Escreveu livros baseados suas experiências de voo e fundou organizações para mulheres que desejavam pilotar.
Em 1924, devido a problemas financeiros da família, vendeu o seu avião e aparentemente tinha desistido de voar.
Entre 1928 e 1929, nos Estados Unidos, Amelia dedicou-se, durante cerca de um ano, a dar conferências. Em simultaneamente decorria uma grande campanha dirigida por George P. Putnam Jr., seu futuro marido, para a promover como figura pública.
Foram editados e produzidos livros, malas de viagem (ainda hoje se produzem), cigarros Lucky Strike (cujo dinheiro reverteu a favor da caridade) e roupas desportivas femininas. A linha de roupas "A.E.- Para quem tem uma vida activa”, que a própria Amélia costurou, consistia em roupas laváveis, simples, práticas que não amarrotavam e ainda assim com um toque feminino.
A campanha de marketing produzida por G.P. Putnam foi um sucesso criando uma união entre Amélia e o público. Foi adorada pela imprensa, e chamada pela United Press de "Rainha dos Ares".
Em 1930, é a primeira mulher a voar sozinha sobre o Oceano Atlântico. Por esse feito recebeu a The Distinguished Flying Cross. Bateu ainda o Recorde de velocidade de 100 km (e com 226,80 kg de carga) em 1931, foi a primeira pessoa a cruzar os EUA num girocóptero (aeronave cuja sustentação em voo é fornecida por asas rotativas) em 1932, e finalmente, ainda em 1932 a primeira pessoa a voar sozinha sobre o Atlântico duas vezes.
No dia 2 de Julho de 1937, Amelia Earhart descolou para aquela que seria a sua segunda tentativa de dar a volta ao mundo em avião. Partindo de Oakland, a bordo de um Lockwood Electra e acompanhada do navegador Fred Noonan, Amelia faria escala em Miami, Caraíbas, Brasil, Senegal, Sudão e Etiópia, Índia, Birmânia, Tailândia, Indonésia, Austrália, Nova Guiné. Daqui, descolaria em direcção à ilha de Howland, no Pacífico. Nunca regressou.
Muitas teorias surgiram sobre o seu desaparecimento. Foi dito que trocou de identidade, que espiava os japoneses a pedido de Franklin Roosevelt, que era interlocutora de publicidade anti-americana na rádio japonesa Tokyo Rose...
A explicação mais aceitável é a de que morreu nas Ilhas Fénix (Micronésia), a 5 de Janeiro de 1939.
No dia 6 de Dezembro de 2006, o governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger e a Primeira Dama Maria Shriver incluíram Amelia Earhart no "Passeio da Fama da Califórnia" do "Museu de Historia da Califórnia, das Mulheres e das Artes".
Por ter sido uma figura feminina notável ligada à aviação a vida, a carreira e o desaparecimento de Amelia Earhart, inspiraram e inspiram filmes, músicas e façanhas pelo mundo inteiro.
Bibliografia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Amelia_Earhart#cite_note-Lovell_1989.2C_p.152-4
http://www.booktryst.com/2010/04/purdue-library-celebrates-wind-beneath.html
O seu instinto aventureiro ditou-lhe o destino de aviadora: com apenas sete anos e com a ajuda do tio, Amelia construiu com materiais caseiros uma rampa de lançamento que descia do telhado da cabana de ferramentas, na tentativa de imitar uma montanha-russa que vira em em St. Louis. Pegou num “trenó” caseiro e desceu a rampa. A brincadeira acabou com um lábio rebentado, o vestido rasgado, mas animada disse exclamando para a sua irmã: “Oh, Pidge, foi como se eu estivesse a voar!”.
Foi assim o primeiro “voo” documentado de Amelia.
Aos 11 anos de idade, depois de se mudarem para Des Moines, Amelia viu pela primeira vez um avião na Feira do Estado de Iowa. O pai perguntou se ela e irmã queriam subir a bordo do biplano, mas a pequena recusou o convite preferindo voltar para o carrossel da feira. Mais tarde, descreveu o avião como "uma coisa de fios oxidados e madeira, sem nenhum interesse".
Em 1922, estabeleceu um recorde não oficial de aviação sendo primeira piloto feminina a voar acima de 4200 m, e em 1923 tornou-se a primeira mulher, (e com apenas dezassete anos), a receber a licença de piloto da National Aeronautic Association.
Escreveu livros baseados suas experiências de voo e fundou organizações para mulheres que desejavam pilotar.
Em 1924, devido a problemas financeiros da família, vendeu o seu avião e aparentemente tinha desistido de voar.
Entre 1928 e 1929, nos Estados Unidos, Amelia dedicou-se, durante cerca de um ano, a dar conferências. Em simultaneamente decorria uma grande campanha dirigida por George P. Putnam Jr., seu futuro marido, para a promover como figura pública.
Foram editados e produzidos livros, malas de viagem (ainda hoje se produzem), cigarros Lucky Strike (cujo dinheiro reverteu a favor da caridade) e roupas desportivas femininas. A linha de roupas "A.E.- Para quem tem uma vida activa”, que a própria Amélia costurou, consistia em roupas laváveis, simples, práticas que não amarrotavam e ainda assim com um toque feminino.
A campanha de marketing produzida por G.P. Putnam foi um sucesso criando uma união entre Amélia e o público. Foi adorada pela imprensa, e chamada pela United Press de "Rainha dos Ares".
Em 1930, é a primeira mulher a voar sozinha sobre o Oceano Atlântico. Por esse feito recebeu a The Distinguished Flying Cross. Bateu ainda o Recorde de velocidade de 100 km (e com 226,80 kg de carga) em 1931, foi a primeira pessoa a cruzar os EUA num girocóptero (aeronave cuja sustentação em voo é fornecida por asas rotativas) em 1932, e finalmente, ainda em 1932 a primeira pessoa a voar sozinha sobre o Atlântico duas vezes.
No dia 2 de Julho de 1937, Amelia Earhart descolou para aquela que seria a sua segunda tentativa de dar a volta ao mundo em avião. Partindo de Oakland, a bordo de um Lockwood Electra e acompanhada do navegador Fred Noonan, Amelia faria escala em Miami, Caraíbas, Brasil, Senegal, Sudão e Etiópia, Índia, Birmânia, Tailândia, Indonésia, Austrália, Nova Guiné. Daqui, descolaria em direcção à ilha de Howland, no Pacífico. Nunca regressou.
Muitas teorias surgiram sobre o seu desaparecimento. Foi dito que trocou de identidade, que espiava os japoneses a pedido de Franklin Roosevelt, que era interlocutora de publicidade anti-americana na rádio japonesa Tokyo Rose...
A explicação mais aceitável é a de que morreu nas Ilhas Fénix (Micronésia), a 5 de Janeiro de 1939.
No dia 6 de Dezembro de 2006, o governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger e a Primeira Dama Maria Shriver incluíram Amelia Earhart no "Passeio da Fama da Califórnia" do "Museu de Historia da Califórnia, das Mulheres e das Artes".
Por ter sido uma figura feminina notável ligada à aviação a vida, a carreira e o desaparecimento de Amelia Earhart, inspiraram e inspiram filmes, músicas e façanhas pelo mundo inteiro.
Bibliografia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Amelia_Earhart#cite_note-Lovell_1989.2C_p.152-4
http://www.booktryst.com/2010/04/purdue-library-celebrates-wind-beneath.html
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Gago Coutinho
Trabalho realizado por João Paulo Rodrigues (12ºL – 2010/2011)
Carlos Veigas Gago Coutinho nasceu às 3:30h da madrugada do dia 17 de Fevereiro de 1869. Foi baptizado na Igreja da Santa Maria de Belém, no dia 2 de Junho do mesmo ano. Era filho de José Viegas Coutinho e Fortunata Maria Coutinho, naturais de Faro. Gago Coutinho foi criado por uma mãe adoptiva, de nome Maria Augusta, que falece em 1914.
Julga-se ter falecido em Lisboa (freguesia de Santa Engrácia) no dia 18/02/1959 pelas 18:05h. Morou cerca de 70 anos em Lisboa, alguns dos quais na Calçada da Ajuda nº5 e os restantes em Sta. Cruz.
Gago Coutinho foi descrito como sendo honesto, frontal, rígido, trabalhador, de espírito empreendedor, inovador, justo, democrático, modesto e tendo um carácter de grande independência. Este rol de características foi sedimentado por afirmações suas como por exemplo: “ (durante a travessia do Atlântico sul) o meu papel foi secundário.” (Gago Coutinho, 30/03/1942). «Gosto de controvérsias, de tudo o que possa esclarecer, pois sou comunicativo como todos os homens do mar. Gosto da discussão que faz luz...».
Descendia de uma família de parcos recursos monetários, não tendo podido, por isso, frequentar o curso de engenharia na Alemanha. Apesar disso sempre se orgulhou das suas origens. Frequentou a Escola Politécnica e em 1886 (17 anos) alista-se na Marinha, e entra para a Escola Naval, curso que conclui em 1888 (19 anos).Em 1890 foi promovido a guarda-marinha, e em 1891 já tinha o cargo de segundo-tenente na marinha portuguesa.
Carlos Coutinho não foi só navegador da marinha portuguesa mas foi também cartógrafo, geógrafo e precursor da navegação aérea astronómica. Entre 1898 e 1918, desenvolveu a sua actividade como geógrafo de campo trabalhando especificamente em missões geodésicas, na delimitação das fronteiras. Foi numa destas missões (1907 Moçambique) que conheceu Sacadura Cabral, que o viria a acompanhar no seu mais conhecido feito, a travessia do Atlântico Sul, a partir de Lisboa até ao Rio de Janeiro.
Participou em variadas operações militares entre 1891 e 1912 em Tungue e em Timor. A partir de 1898 na sua primeira comissão em Timor começou a distinguir-se como cartógrafo. Nos trabalhos desenvolvidos nessa área no Congo em 1901 e em São Tomé e Príncipe em 1916 revelou ter uma notável precisão. O seu papel foi importantíssimo na delimitação definitiva da fronteira Norte entre Angola e o Zaire.
Entre muitos trabalhos que realizou são de notar o desenvolvimento do sextante de bolha artificial, em colaboração com Sacadura Cabral, que foi posteriormente comercializado pela empresa alemã Plath com o nome de “Sistema Gago Coutinho”. Criou ainda, igualmente com Sacadura, o “corrector de rumos”, que servia o propósito de compensar o desvio pelo vento.
O seu feito mais conhecido foi a primeira travessia aérea do Atlântico Sul em 1922, realizada no contexto da comemoração da Independência do Brasil. Pelo facto, foi promovido a contra-almirante e condecorado com as mais altas e prestigiosas distinções do Estado Português. Recebeu também várias outras condecorações estrangeiras.
Em 1925 dedicou-se oficialmente à História Aeronáutica.
Retirou-se da vida militar em 1939.
Pertenceu à Maçonaria Portuguesa do Grande Oriente Lusitano e foi sócio da Sociedade de Geografia de Lisboa.
Pela vontade da Assembleia Nacional foi promovido a Almirante em 1958. Faleceu no dia seguinte a ter comemorado os seus 90 anos. Foi sepultado no Cemitério da Ajuda em Lisboa.
A vida de Gago Coutinho é uma lição de patriotismo sendo visível o seu grande empenho e dedicação ao conhecimento e à marinha portuguesa. Foi uma figura escolhida para se incluir no projecto “Plano de voo: Arte, Ciência e Movimento – viagem transdisciplinar” por o considerarmos como o navegador aéreo português mais importante.
Bibliografia
http://gagocoutinho.wordpress.com/
http://citi.pt/cultura/historia/personalidades/gago_coutinho/biografia.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Viegas_Gago_Coutinho
Gago Coutinho foi descrito como sendo honesto, frontal, rígido, trabalhador, de espírito empreendedor, inovador, justo, democrático, modesto e tendo um carácter de grande independência. Este rol de características foi sedimentado por afirmações suas como por exemplo: “ (durante a travessia do Atlântico sul) o meu papel foi secundário.” (Gago Coutinho, 30/03/1942). «Gosto de controvérsias, de tudo o que possa esclarecer, pois sou comunicativo como todos os homens do mar. Gosto da discussão que faz luz...».
Descendia de uma família de parcos recursos monetários, não tendo podido, por isso, frequentar o curso de engenharia na Alemanha. Apesar disso sempre se orgulhou das suas origens. Frequentou a Escola Politécnica e em 1886 (17 anos) alista-se na Marinha, e entra para a Escola Naval, curso que conclui em 1888 (19 anos).Em 1890 foi promovido a guarda-marinha, e em 1891 já tinha o cargo de segundo-tenente na marinha portuguesa.
Carlos Coutinho não foi só navegador da marinha portuguesa mas foi também cartógrafo, geógrafo e precursor da navegação aérea astronómica. Entre 1898 e 1918, desenvolveu a sua actividade como geógrafo de campo trabalhando especificamente em missões geodésicas, na delimitação das fronteiras. Foi numa destas missões (1907 Moçambique) que conheceu Sacadura Cabral, que o viria a acompanhar no seu mais conhecido feito, a travessia do Atlântico Sul, a partir de Lisboa até ao Rio de Janeiro.
Participou em variadas operações militares entre 1891 e 1912 em Tungue e em Timor. A partir de 1898 na sua primeira comissão em Timor começou a distinguir-se como cartógrafo. Nos trabalhos desenvolvidos nessa área no Congo em 1901 e em São Tomé e Príncipe em 1916 revelou ter uma notável precisão. O seu papel foi importantíssimo na delimitação definitiva da fronteira Norte entre Angola e o Zaire.
Entre muitos trabalhos que realizou são de notar o desenvolvimento do sextante de bolha artificial, em colaboração com Sacadura Cabral, que foi posteriormente comercializado pela empresa alemã Plath com o nome de “Sistema Gago Coutinho”. Criou ainda, igualmente com Sacadura, o “corrector de rumos”, que servia o propósito de compensar o desvio pelo vento.
O seu feito mais conhecido foi a primeira travessia aérea do Atlântico Sul em 1922, realizada no contexto da comemoração da Independência do Brasil. Pelo facto, foi promovido a contra-almirante e condecorado com as mais altas e prestigiosas distinções do Estado Português. Recebeu também várias outras condecorações estrangeiras.
Em 1925 dedicou-se oficialmente à História Aeronáutica.
Retirou-se da vida militar em 1939.
Pertenceu à Maçonaria Portuguesa do Grande Oriente Lusitano e foi sócio da Sociedade de Geografia de Lisboa.
Pela vontade da Assembleia Nacional foi promovido a Almirante em 1958. Faleceu no dia seguinte a ter comemorado os seus 90 anos. Foi sepultado no Cemitério da Ajuda em Lisboa.
A vida de Gago Coutinho é uma lição de patriotismo sendo visível o seu grande empenho e dedicação ao conhecimento e à marinha portuguesa. Foi uma figura escolhida para se incluir no projecto “Plano de voo: Arte, Ciência e Movimento – viagem transdisciplinar” por o considerarmos como o navegador aéreo português mais importante.
Bibliografia
http://gagocoutinho.wordpress.com/
http://citi.pt/cultura/historia/personalidades/gago_coutinho/biografia.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Viegas_Gago_Coutinho
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Irmãos Wright
Trabalho realizado por João Paulo Rodrigues (12ºL – 2010/2011)
Orville Wright: “Se os pássaros conseguem voar durante longos períodos de tempo… Porque não consigo eu?”
Wilbur Wright nasce a 16 de Abril de 1867 em Millville Indiana, Estados Unidos. Morre a 30 de Maio de 1912 em Dayton Ohio.
Orville Wright nasce a 19 de Agosto de 1871 em Dayton Ohio, Estados Unidos. Morre a 30 de Janeiro de 1948 em Dayton Ohio.
Wilbur Wrigh e Orville Wright eram filhos de Milton Wright, bispo dos United Bretheren in Christ.
Os dois irmãos foram toda a vida inseparáveis até a morte de Wilbur em 1912. As suas personalidades complementavam-se. Orville era um conhecido pelo seu entusiasmo e pela sua personalidade criativa e cheia de ideias. Wilbur, pelo contrário, era mais firme, mais maduro e mais persistente a perseguir um objectivo.
Enquanto crianças, Wilbur e Orville ajudaram o seu pai, que editava um jornal de nome The Religious Telescope. Foi este o acontecimento que, mais tarde, os fez iniciar o seu próprio jornal.
Wilbur Wright, no ensino secundário revelou a intenção em seguir a carreira de clérigo. Tal desejo não foi possível devido a um acidente ocorrido num jogo de hockey do qual resultou um traumatismo facial. Durante os três anos seguintes estudou de forma informal sob a orientação de seu pai usufruindo da vasta biblioteca de família.
Em 1892 os dois irmãos abriram tal como o jornal, a Wright Cycle Shop em Dayton Ohio. Este negócio desenvolveu nos dois irmãos o interesse por aquilo que era a máquina da época: a bicicleta.
Em 1896 começaram a revelar um interesse evidente pelo voo de planadores. Entusiasmado com a criação de máquinas voadoras, começam a estudar tudo o que se referia à teoria e à arte do voo. Começaram por pesquisar toda a informação existente à época começando rapidamente a desenhar e testar os seus primeiros modelos de planadores. Criaram o seu primeiro motor embora sem grandes resultados devido à informação de que dispunham ser falaciosa. Wilbur e Orville iniciaram novas experiencias aprofundando uma nova ideia: asas que se moviam.
Começaram por voar com kites de asas duplas obtendo dessa forma experiência. Estas experiências tiveram a felicidade de serem contemporâneas das teorias mais importantes da aerodinâmica e dos motores de combustão interna que investigaram.
Os dois irmãos trabalhavam de uma forma metódica e com uma perspectiva bastante científica. O seu primeiro avião falhou devido a impossibilidade de se erguer.
É de notar que foram sempre documentados todos os sucessos e os fracassos. Devido a esta informação pôde-se concluir que as falhas corresponderam a erros documentais.
Após a consulta da Central Meteorológica dos Estados Unidos escolheram uma pequena cidade, que dava pelo nome de Kitty Hawk na Carolina do Norte onde testariam em Setembro de 1900 o seu avião.
Em 1901 os irmãos Wright regressaram a 1901 onde construíram um túnel de vento ou wind tunel, instrumento que possibilitava investigar o efeito do vento sobre os objectos. Aí testaram mais de duzentos modelos de asas com o intuito de descobrir/medir a resistência, de forma a escolher o melhor design. Desta forma desenvolveram e fundamentaram importantes noções que modificaram o voo para sempre.
Em 1902, em Kitty Hawk, testaram o seu terceiro planador, comprovando e consolidando os avanços anteriores, passando a ter um cada vez maior controlo sobre a máquina.
A 17 de Dezembro de 1903, em Kitty Hawk, foi documentado o primeiro voo mundial controlado pelo homem num objecto mecanizado mais pesado que o ar, ou seja: os irmãos Wright mostraram ao mundo o primeiro protótipo que pesava cerca de 340Kg, que tinha uma potência de 12 cavalos e que demonstrou conseguir voar 49Km/h.
Em 1912, ao regressarem a Dayton foi diagnosticado a Wilbur foi diagnosticada febre tifóide. Morre a 30 de Maio com 45 anos de idade.
Orville morre após a tomada da presidência da companhia Wright a 30 de Janeiro de 1948 após um segundo ataque cardíaco, que se revelou fatal.
É de notar a vida inspiradora que Wilbur e Orville levaram, o espírito inovador e persistente que os levou a criarem o primeiro voo humano controlado, fez com que não pudéssemos deixar de fazer esta pequena biografia para o projecto “Plano de voo: Arte, Ciência e Movimento – viagem transdisciplinar”.
Bibliografia:
http://www.wright-house.com/wright-brothers/Wrights.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Wright_brothers
http://www.notablebiographies.com/We-Z/Wright-Brothers.html
Os dois irmãos foram toda a vida inseparáveis até a morte de Wilbur em 1912. As suas personalidades complementavam-se. Orville era um conhecido pelo seu entusiasmo e pela sua personalidade criativa e cheia de ideias. Wilbur, pelo contrário, era mais firme, mais maduro e mais persistente a perseguir um objectivo.
Enquanto crianças, Wilbur e Orville ajudaram o seu pai, que editava um jornal de nome The Religious Telescope. Foi este o acontecimento que, mais tarde, os fez iniciar o seu próprio jornal.
Wilbur Wright, no ensino secundário revelou a intenção em seguir a carreira de clérigo. Tal desejo não foi possível devido a um acidente ocorrido num jogo de hockey do qual resultou um traumatismo facial. Durante os três anos seguintes estudou de forma informal sob a orientação de seu pai usufruindo da vasta biblioteca de família.
Em 1892 os dois irmãos abriram tal como o jornal, a Wright Cycle Shop em Dayton Ohio. Este negócio desenvolveu nos dois irmãos o interesse por aquilo que era a máquina da época: a bicicleta.
Em 1896 começaram a revelar um interesse evidente pelo voo de planadores. Entusiasmado com a criação de máquinas voadoras, começam a estudar tudo o que se referia à teoria e à arte do voo. Começaram por pesquisar toda a informação existente à época começando rapidamente a desenhar e testar os seus primeiros modelos de planadores. Criaram o seu primeiro motor embora sem grandes resultados devido à informação de que dispunham ser falaciosa. Wilbur e Orville iniciaram novas experiencias aprofundando uma nova ideia: asas que se moviam.
Começaram por voar com kites de asas duplas obtendo dessa forma experiência. Estas experiências tiveram a felicidade de serem contemporâneas das teorias mais importantes da aerodinâmica e dos motores de combustão interna que investigaram.
Os dois irmãos trabalhavam de uma forma metódica e com uma perspectiva bastante científica. O seu primeiro avião falhou devido a impossibilidade de se erguer.
É de notar que foram sempre documentados todos os sucessos e os fracassos. Devido a esta informação pôde-se concluir que as falhas corresponderam a erros documentais.
Após a consulta da Central Meteorológica dos Estados Unidos escolheram uma pequena cidade, que dava pelo nome de Kitty Hawk na Carolina do Norte onde testariam em Setembro de 1900 o seu avião.
Em 1901 os irmãos Wright regressaram a 1901 onde construíram um túnel de vento ou wind tunel, instrumento que possibilitava investigar o efeito do vento sobre os objectos. Aí testaram mais de duzentos modelos de asas com o intuito de descobrir/medir a resistência, de forma a escolher o melhor design. Desta forma desenvolveram e fundamentaram importantes noções que modificaram o voo para sempre.
Em 1902, em Kitty Hawk, testaram o seu terceiro planador, comprovando e consolidando os avanços anteriores, passando a ter um cada vez maior controlo sobre a máquina.
A 17 de Dezembro de 1903, em Kitty Hawk, foi documentado o primeiro voo mundial controlado pelo homem num objecto mecanizado mais pesado que o ar, ou seja: os irmãos Wright mostraram ao mundo o primeiro protótipo que pesava cerca de 340Kg, que tinha uma potência de 12 cavalos e que demonstrou conseguir voar 49Km/h.
Em 1912, ao regressarem a Dayton foi diagnosticado a Wilbur foi diagnosticada febre tifóide. Morre a 30 de Maio com 45 anos de idade.
Orville morre após a tomada da presidência da companhia Wright a 30 de Janeiro de 1948 após um segundo ataque cardíaco, que se revelou fatal.
É de notar a vida inspiradora que Wilbur e Orville levaram, o espírito inovador e persistente que os levou a criarem o primeiro voo humano controlado, fez com que não pudéssemos deixar de fazer esta pequena biografia para o projecto “Plano de voo: Arte, Ciência e Movimento – viagem transdisciplinar”.
Bibliografia:
http://www.wright-house.com/wright-brothers/Wrights.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Wright_brothers
http://www.notablebiographies.com/We-Z/Wright-Brothers.html
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Júlio Verne
Trabalho realizado por Rita Madalena Cabrita (12ºL – 2010/2011)
Jules Gabriel Verne nasceu a 8 de Fevereiro de 1828 em Nantes – França ocidental, filho de Sophie-Henriette Allotte de la Fuÿe e de Pierre Verne. Era o mais velho de 5 filhos, tendo tido 3 irmãs e um irmão.
Teve uma infância tranquila passada na companhia dos seus pais e irmãos. Os verões eram tradicionalmente passados na casa de campo da família situada na margem do rio Loire; nesses verões Jules e o seu irmão mais novo Paul tinham como hábito ir passear num pequeno bote pelo rio.
Esses percursos pelo rio despertaram o seu interesse dedicando uma especial atenção a observar os barcos que mais tarde descreve no seu conto "Souvenirs d'Enfance et de Jeunesse".
Aos nove anos Jules foi enviado para o colégio interno de San Donatien.
Desde jovem que revelou um grande interesse pela escrita do fantástico, ficção cientifica e de aventuras várias.
Aos doze anos, com grandes sonhos de aventura, escondeu-se num paquete com destino à Índia. Acabou por ser descoberto por seu pai que o castigou severamente. Em consequência deste incidente afirmou: “De agora em diante viajarei apenas na minha imaginação”.
No colégio pensa-se que tenha sido aluno a desenho e matemática de Brutus de Villeroi – inventor e criador de alguns dos primeiros submarinos de sempre. É possível que Villeroi tenha tido influência no íntimo imaginativo do jovem Verne.
Quando terminou os estudos secundários (liceu) partiu para Paris com o objectivo de estudar Direito. Por volta de 1848 começa a ser conhecido por algumas operettas, librettos e curtas obras de ficção. Ao fim de poucos anos a sua paixão pela escrita acabariam por ser mais forte e afastá-lo cada vez mais dos estudos.
Chocado, o pai, por ver o filho afastar-se dos estudos para o pressionar cortou-lhe a mesada obrigando Verne a trabalhar como corrector da bolsa durante algum tempo – trabalho que desprezava.
Durante este período da sua vida teve a sorte de conhecer Alexandre Dumas e Victor Hugo que lhe ofereceram conselhos sobre a escrita.
A 10 de Janeiro de 1857 casa-se com Honorine de Viane Morel, viúva e mãe de 3 filhas. Foi com o apoio emocional de Honorine que Verne decide publicar algumas das suas obras.
A 3 de Agosto de 1861 nasce o seu filho, Michel Jean Verne – acaba por se revelar um filho muito difícil. Arranjava constantemente problemas com a lei, casou com uma actriz contra a vontade dos pais, perdeu todo o seu dinheiro e acaba arruinado com dívidas. Apesar de tudo a relação que mantém com o pai vai gradualmente melhorando.
O conhecimento que estabeleceu com Pierre-Jules Hetzel mudou a sorte de Verne. Hetzel ajudou Verne a melhorar a sua escrita tornando-as menos especificamente cientificas, mais humoristas, com menor conotação política e mais aceite pelo público, transformando-se no seu editor.
A partir daí e até à data da morte de Júlio Verne seria Hetzel a publicar todas as obras. Foi Hetzel que publicou as suas mais conhecidas obras, entre as quais Viagem ao Centro da Terra (1864); Da Terra à Lua (1865); Vinte Mil Léguas Submarinas (1869) e A Volta ao Mundo em 80 Dias (1872). Todas estas obras fazem parte de uma colectânea intitulada Viagens Extraordinárias e, como o titulo da colectânea indica todas são historias magnificas de feitos impressionantes e viagens quase que impensáveis para a década. Graças ao apoio de Hetzel, Verne consegue viver somente do rendimento que vem da escrita.
Com uma condição económica cada vez melhor Júlio Verne comprou um pequeno navio – o Saint-Michel. À medida que ia tendo cada vez mais capacidade económica ia substituindo o navio por um melhor, assim teve também o Saint-Michel II e o Saint-Michel III. Foi a bordo deste último que viajou à volta da Europa.
Em 1870 foi nomeado Cavaleiro da Legião de Honra.
Em Março de 1886 sofreu de um acidente familiar: o sobrinho, que sofria de paranóia grave, disparou contra ele dois tiros. Um dos tiros acertou Verne na perna deixando-o com um coxear que manteria até ao fim da sua vida.
Após a morte de Hetzel, seu editor e amigo e da sua mulher (1887) Verne começa a escrever obras mais pesadas e negras. O filho mais velho do editor Hetzel substituiu o pai na função de editor e continuou a trabalhar com Verne, todavia não conseguiu o sucesso do seu falecido pai.
Em 1888 entrou no mundo da política exercendo alguns cargos.
Sendo diabético Julio Verne acaba por falecer devido a complicações com a doença a 24 de Março de 1905 sendo enterrado no Cemitério La Madeleine em Amiens.
Ainda hoje a obra de Julio Verne continua a ser publicada e é referenciada como um exemplo de uma literatura imaginativa e extraordinária tendo-se revelado o expoente máximo de grandes voos mentais premonitórios de descobertas futuras.
Mesmo após a sua morte continuaram a ser publicadas algumas das suas obras. De acordo com a base de dados de traduções da UNESCO (Index Translationum) é o segundo autor mais traduzido de sempre, sendo apenas superado por Agatha Christie.
Bibliografia:
http://en.wikipedia.org/wiki/Jules_Verne
http://www.portaldaliteratura.com/autores.php?autor=403
http://www.din.uem.br/~ia/a_correl/classicos/Pesquisadores-Julio&Verne.htm
http://pt.wikiquote.org/wiki/J%C3%BAlio_Verne
http://www.julesverne.ca/jvfamilytree.html
Aos nove anos Jules foi enviado para o colégio interno de San Donatien.
Desde jovem que revelou um grande interesse pela escrita do fantástico, ficção cientifica e de aventuras várias.
Aos doze anos, com grandes sonhos de aventura, escondeu-se num paquete com destino à Índia. Acabou por ser descoberto por seu pai que o castigou severamente. Em consequência deste incidente afirmou: “De agora em diante viajarei apenas na minha imaginação”.
No colégio pensa-se que tenha sido aluno a desenho e matemática de Brutus de Villeroi – inventor e criador de alguns dos primeiros submarinos de sempre. É possível que Villeroi tenha tido influência no íntimo imaginativo do jovem Verne.
Quando terminou os estudos secundários (liceu) partiu para Paris com o objectivo de estudar Direito. Por volta de 1848 começa a ser conhecido por algumas operettas, librettos e curtas obras de ficção. Ao fim de poucos anos a sua paixão pela escrita acabariam por ser mais forte e afastá-lo cada vez mais dos estudos.
Chocado, o pai, por ver o filho afastar-se dos estudos para o pressionar cortou-lhe a mesada obrigando Verne a trabalhar como corrector da bolsa durante algum tempo – trabalho que desprezava.
Durante este período da sua vida teve a sorte de conhecer Alexandre Dumas e Victor Hugo que lhe ofereceram conselhos sobre a escrita.
A 10 de Janeiro de 1857 casa-se com Honorine de Viane Morel, viúva e mãe de 3 filhas. Foi com o apoio emocional de Honorine que Verne decide publicar algumas das suas obras.
A 3 de Agosto de 1861 nasce o seu filho, Michel Jean Verne – acaba por se revelar um filho muito difícil. Arranjava constantemente problemas com a lei, casou com uma actriz contra a vontade dos pais, perdeu todo o seu dinheiro e acaba arruinado com dívidas. Apesar de tudo a relação que mantém com o pai vai gradualmente melhorando.
O conhecimento que estabeleceu com Pierre-Jules Hetzel mudou a sorte de Verne. Hetzel ajudou Verne a melhorar a sua escrita tornando-as menos especificamente cientificas, mais humoristas, com menor conotação política e mais aceite pelo público, transformando-se no seu editor.
A partir daí e até à data da morte de Júlio Verne seria Hetzel a publicar todas as obras. Foi Hetzel que publicou as suas mais conhecidas obras, entre as quais Viagem ao Centro da Terra (1864); Da Terra à Lua (1865); Vinte Mil Léguas Submarinas (1869) e A Volta ao Mundo em 80 Dias (1872). Todas estas obras fazem parte de uma colectânea intitulada Viagens Extraordinárias e, como o titulo da colectânea indica todas são historias magnificas de feitos impressionantes e viagens quase que impensáveis para a década. Graças ao apoio de Hetzel, Verne consegue viver somente do rendimento que vem da escrita.
Com uma condição económica cada vez melhor Júlio Verne comprou um pequeno navio – o Saint-Michel. À medida que ia tendo cada vez mais capacidade económica ia substituindo o navio por um melhor, assim teve também o Saint-Michel II e o Saint-Michel III. Foi a bordo deste último que viajou à volta da Europa.
Em 1870 foi nomeado Cavaleiro da Legião de Honra.
Em Março de 1886 sofreu de um acidente familiar: o sobrinho, que sofria de paranóia grave, disparou contra ele dois tiros. Um dos tiros acertou Verne na perna deixando-o com um coxear que manteria até ao fim da sua vida.
Após a morte de Hetzel, seu editor e amigo e da sua mulher (1887) Verne começa a escrever obras mais pesadas e negras. O filho mais velho do editor Hetzel substituiu o pai na função de editor e continuou a trabalhar com Verne, todavia não conseguiu o sucesso do seu falecido pai.
Em 1888 entrou no mundo da política exercendo alguns cargos.
Sendo diabético Julio Verne acaba por falecer devido a complicações com a doença a 24 de Março de 1905 sendo enterrado no Cemitério La Madeleine em Amiens.
Ainda hoje a obra de Julio Verne continua a ser publicada e é referenciada como um exemplo de uma literatura imaginativa e extraordinária tendo-se revelado o expoente máximo de grandes voos mentais premonitórios de descobertas futuras.
Mesmo após a sua morte continuaram a ser publicadas algumas das suas obras. De acordo com a base de dados de traduções da UNESCO (Index Translationum) é o segundo autor mais traduzido de sempre, sendo apenas superado por Agatha Christie.
Bibliografia:
http://en.wikipedia.org/wiki/Jules_Verne
http://www.portaldaliteratura.com/autores.php?autor=403
http://www.din.uem.br/~ia/a_correl/classicos/Pesquisadores-Julio&Verne.htm
http://pt.wikiquote.org/wiki/J%C3%BAlio_Verne
http://www.julesverne.ca/jvfamilytree.html
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Leonardo da Vinci (aos olhos de Freud)
Trabalho realizado por Francisco Menezes (12ºL – 2010/2011)
Leonardo di ser Piero da Vinci nasceu a 15 de Abril de 1452 – Amboise. Foi descrito como o ideal do homem do Renascimento, um homem de curiosidade infinita e uma capacidade inventiva extraordinária.
Leonardo foi um visionário: concebeu ideias muito à frente de seu tempo, mas que nunca chegaram a ser percebidas pelos seus contemporâneos por serem irrealizáveis à época, devido à falta de tecnologia.
Era esquerdino e escrevia da direita para a esquerda, o que aumentava a estranheza dos seus contemporâneos. Muitos dos seus estudos foram apenas valorizados séculos depois quando a técnica permitiu a concretização de muitas delas. Num estudo realizado em 1926, descobriu-se que o seu QI rondava os 180.
É considerado como uma das figuras mais importantes do Alto Renascimento, tendo-se destacado como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquitecto, botânico, poeta e músico. Teve como rival, na área artística, Miguel Ângelo.
Dos seus inúmeros projectos são de referir, pelo seu carácter vanguardista e premonitório: a máquina a vapor, o violino mecânico, a bateria eléctrica, o fato de mergulho, o antecedente do avião e helicóptero, a bicicleta, (mais de 345 anos antes da invenção), o canhão, o carro blindado, o míssil, entre outros.
São ainda conhecidos os seus estudos sobre: o eclipse, a lei da refracção, as particularidades da luz, das cores, das sombras e da perspectiva. Debruçou-se também sobre a biologia dos animais ( em especial das aves com o objectivo de conhecer os segredos do voo), sobre a botânica (factores externos - venenos) e sobre a anatomia tendo sido o primeiro homem a estudar as funções vitais de um embrião e a desenhá-lo correctamente.
Leonardo distinguiu-se como pintor. Sobre ele Giorgio Vasari em 1550 esccreveu: ”De tempos em tempos, o Céu envia-nos alguém que não é apenas humano, mas também divino, de modo que através do seu espírito e da superioridade da sua inteligência, possamos atingir o Céu.”
Leonardo foi educado no atelier do famoso pintor florentino, Verocchio. Passou a maior parte do início de sua vida profissional a serviço de Ludovico Sforza (Ludovico il Moro), em Milão. Trabalhou posteriormente em Roma, Bolonha e Veneza, e passou seus últimos dias na França, numa casa que lhe foi presenteada pelo rei Francisco I.
Contam-se como quinze as pinturas que sobreviveram até os dias de hoje. Leornado dedicava-se a experiências constantes com novas técnicas (como pintar a óleo directamente nas paredes) que acabam por ter como consequência uma difícil resistência à deterioração do tempo. As suas obras mais famosas são a Mona Lisa, a Última Ceia e “O Homem de Vitrúvio” representação da figura humana masculina baseado no cânone do arquitecto romano com o mesmo nome (séc. I a.C). Estas imagens tornaram-se ícones.
São também de grande valor os seus cadernos de anotações que contêm desenhos, diagramas científicos, os seus pensamentos sobre a natureza e sobre a pintura. Estes documentos formam uma inspiração para muitos artistas ao longo dos séculos.
de artistas, que só pode ser rivalizada à de seu contemporâneo, Leonardo era na verdade um visionário: concebeu ideias muito à frente de seu tempo, mas que nunca chegaram a ver a luz do dia devido à falta de tecnologia da época, e que só foram publicados postumamente, após as suas descobertas já terem sido descobertas por outros.
Leonardo por ter uma personalidade tão emblemática e misteriosa tem sido estudado por inúmeros autores. “Uma Memória da sua Infância” foi o primeiro estudo psicológico de Leonardo Da Vinci, encadeando os temas da ciência, da literatura, psicanálise, da mitologia, etc. escrito por Freud e publicado em 1910. Freud sabia que corria o risco de provocar um escândalo, ao abordar a sexualidade de um dos mais célebres criadores do mundo, retratando-o ao nível do subconsciente. Sobre esse tema escreveu numa carta a Fliess em 1898: “A consciência é apenas um órgão dos sentidos, a psicologia abrange apenas a representação, todos os eventos mentais são inconscientes”. O objectivo desta tese, segundo Freud, não é de maneira alguma “denegrir os brilhantes e arrastar na lama os sublimes mas desvendar a origem da paixão pela investigação e a perspectiva de Da Vinci sobre: o amor, a solidão, as relações humanas, e outras actividades”. Leonardo revelou-se um bom caso de estudo que permitiu a Freud ver o contraste entre a sua inibição (a lentidão de execução), característica das suas obras com o seu excesso de investimento na investigação.
Freud define os três resultados da pesquisa sexual na infância: inibição, obsessão, sublimação. Freud acreditava que a origem do desejo de conhecer e de investigar está no prazer ou satisfação em relação ao objecto do conhecimento. Da mesma forma, se houver a privação do mesmo objecto, dá-se o sofrimento psicológico do sujeito. Afirmou: “a libido foge ao destino da repressão ao ser sublimada, logo no princípio, em curiosidade.” A sublimação, como diz Freud em 1914, “é um processo que concerne a libido de objecto e consiste no fato de que a pulsão se dirige para um outro objectivo, distante da satisfação sexual(...) que torna possível actividades psíquicas superiores, científicas, artísticas ou ideológicas, o desempenho de um papel tão importante na vida civilizada.”
Leonardo era conhecido por ser pacato, gentil e amável, evitando confrontos. Era contra as guerras e segundo ele o “homem era não tanto o rei do mundo animal, e sim a pior das bestas selvagens”. Considerava injusto matar animais e revelava-se seu protector chegando a comprar pássaros no mercado para depois soltá-los. Revelando uma coerência interna guiando-se por valores diferentes dos seus contemporâneos. Apesar da sua delicadeza observou condenados para estudar e desenhar as suas feições, estudava em cadáveres o que aos olhos de muitos era contraditório. Leonardo afirmou: “não se tem o direito de amar ou odiar qualquer coisa da qual não se tenha conhecimento profundo”, o que revela a sua natureza pesquisadora. Esta sua vida foi de tal forma inebriante que se esquecia dele próprio face ao universo, à natureza sua musa inspiradora. Pode-se dizer que a investigação substituiu a ação e a criação.
No estudo de Freud é citada a seguinte afirmação de Leonardo: “Parece que estive destinado a estudar o voo das aves pelo que me lembro de uma das minhas primeiras memórias de quando estava no meu berço, um abutre veio ao meu encontro”. Segundo Freud esta lembrança é muito mais uma fantasia do que uma imagem de memória. É certamente cheio de importância e simbolismo. O hieróglifo egípcios que representa a palavra mãe é um abutre, pois este povo acreditava que não existiam abutres fêmeas e que as fêmeas eram emprenhadas pelo vento. Leonardo tinha lido sobre isto e pensava também ela ser uma criança “abutre” - tinha mãe mas não tinha (Leonardo era filho ilegítimo e foi apenas aos cinco anos que o pai o recebeu na família.)
Ainda sob a alçada de Verrochio, conhece-se uma queixa anónima de sodomia, crime bastante grave, punível de pena de morte, no tribunal de Florença, que dois meses depois a queixa foi levantada por falta de provas. Há quem defenda que o episódio o condenou ao celibato para o resto da vida. Mas Sigmund Freud defende a castidade de Leonardo fundamentando que este nunca teria agido em conformidade com os seus desejos sexuais. Certo é que nunca lhe foi conhecida qualquer relação com alguma mulher e segundo Freud podemos identificar a sua luta com a sexualidade através da seguinte frase do livro de anotação de Da Vinci: "o acto da procriação e tudo com ele relacionado é tão nojento que a raça humana rapidamente desapareceria se não existissem caras bonitas e inclinações sensuais". Também se sabe que Leonardo escolhia os seus alunos pela beleza e não pelo talento, cuidando deles como uma mãe. Todos eles em talento, acabaram por cair no esquecimento após a sua morte.
Freud defende, no seu estudo, a tese da recordação da mãe de Leonardo expressa no sorriso de Mona Lisa, que o terá levado a pintar durante quatro anos. Aponta ainda a revolta contra o pai como sendo a origem do seu gosto pela investigação e o seu espírito infantil e indeciso.
Segundo Freud a vida de Leonardo é o exemplo de que: “o comportamento de uma personalidade no curso de sua vida é explicado em termos da acção conjugada da constituição e do destino, de forças internas e poderes externos”. Explica toda a obra de Leonardo à luz da obsessão da pesquisa associada à sublimação.
Bibliografia:
http://www.answers.com/topic/leonardo-da-vinci-and-a-memory-of-his-childhood
http://www.clas.ufl.edu/ipsa/2003/Greenw.html
http://svmmvmbonvm.org/davinci.pdf
http://www.loc.gov/exhibits/freud/freudobj.html
http://www.todayinsci.com/D/DaVinci_Leonardo/DaVinciLeonardo-Quotations.htm
http://en.wikiquote.org/wiki/Leonardo_da_Vinci
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/fd/AE-medal.jpg
http://dreamcurrents.blogspot.com/2008/10/flying-dreams-and-power-lines.html
É considerado como uma das figuras mais importantes do Alto Renascimento, tendo-se destacado como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquitecto, botânico, poeta e músico. Teve como rival, na área artística, Miguel Ângelo.
Dos seus inúmeros projectos são de referir, pelo seu carácter vanguardista e premonitório: a máquina a vapor, o violino mecânico, a bateria eléctrica, o fato de mergulho, o antecedente do avião e helicóptero, a bicicleta, (mais de 345 anos antes da invenção), o canhão, o carro blindado, o míssil, entre outros.
São ainda conhecidos os seus estudos sobre: o eclipse, a lei da refracção, as particularidades da luz, das cores, das sombras e da perspectiva. Debruçou-se também sobre a biologia dos animais ( em especial das aves com o objectivo de conhecer os segredos do voo), sobre a botânica (factores externos - venenos) e sobre a anatomia tendo sido o primeiro homem a estudar as funções vitais de um embrião e a desenhá-lo correctamente.
Leonardo distinguiu-se como pintor. Sobre ele Giorgio Vasari em 1550 esccreveu: ”De tempos em tempos, o Céu envia-nos alguém que não é apenas humano, mas também divino, de modo que através do seu espírito e da superioridade da sua inteligência, possamos atingir o Céu.”
Leonardo foi educado no atelier do famoso pintor florentino, Verocchio. Passou a maior parte do início de sua vida profissional a serviço de Ludovico Sforza (Ludovico il Moro), em Milão. Trabalhou posteriormente em Roma, Bolonha e Veneza, e passou seus últimos dias na França, numa casa que lhe foi presenteada pelo rei Francisco I.
Contam-se como quinze as pinturas que sobreviveram até os dias de hoje. Leornado dedicava-se a experiências constantes com novas técnicas (como pintar a óleo directamente nas paredes) que acabam por ter como consequência uma difícil resistência à deterioração do tempo. As suas obras mais famosas são a Mona Lisa, a Última Ceia e “O Homem de Vitrúvio” representação da figura humana masculina baseado no cânone do arquitecto romano com o mesmo nome (séc. I a.C). Estas imagens tornaram-se ícones.
São também de grande valor os seus cadernos de anotações que contêm desenhos, diagramas científicos, os seus pensamentos sobre a natureza e sobre a pintura. Estes documentos formam uma inspiração para muitos artistas ao longo dos séculos.
de artistas, que só pode ser rivalizada à de seu contemporâneo, Leonardo era na verdade um visionário: concebeu ideias muito à frente de seu tempo, mas que nunca chegaram a ver a luz do dia devido à falta de tecnologia da época, e que só foram publicados postumamente, após as suas descobertas já terem sido descobertas por outros.
Leonardo por ter uma personalidade tão emblemática e misteriosa tem sido estudado por inúmeros autores. “Uma Memória da sua Infância” foi o primeiro estudo psicológico de Leonardo Da Vinci, encadeando os temas da ciência, da literatura, psicanálise, da mitologia, etc. escrito por Freud e publicado em 1910. Freud sabia que corria o risco de provocar um escândalo, ao abordar a sexualidade de um dos mais célebres criadores do mundo, retratando-o ao nível do subconsciente. Sobre esse tema escreveu numa carta a Fliess em 1898: “A consciência é apenas um órgão dos sentidos, a psicologia abrange apenas a representação, todos os eventos mentais são inconscientes”. O objectivo desta tese, segundo Freud, não é de maneira alguma “denegrir os brilhantes e arrastar na lama os sublimes mas desvendar a origem da paixão pela investigação e a perspectiva de Da Vinci sobre: o amor, a solidão, as relações humanas, e outras actividades”. Leonardo revelou-se um bom caso de estudo que permitiu a Freud ver o contraste entre a sua inibição (a lentidão de execução), característica das suas obras com o seu excesso de investimento na investigação.
Freud define os três resultados da pesquisa sexual na infância: inibição, obsessão, sublimação. Freud acreditava que a origem do desejo de conhecer e de investigar está no prazer ou satisfação em relação ao objecto do conhecimento. Da mesma forma, se houver a privação do mesmo objecto, dá-se o sofrimento psicológico do sujeito. Afirmou: “a libido foge ao destino da repressão ao ser sublimada, logo no princípio, em curiosidade.” A sublimação, como diz Freud em 1914, “é um processo que concerne a libido de objecto e consiste no fato de que a pulsão se dirige para um outro objectivo, distante da satisfação sexual(...) que torna possível actividades psíquicas superiores, científicas, artísticas ou ideológicas, o desempenho de um papel tão importante na vida civilizada.”
Leonardo era conhecido por ser pacato, gentil e amável, evitando confrontos. Era contra as guerras e segundo ele o “homem era não tanto o rei do mundo animal, e sim a pior das bestas selvagens”. Considerava injusto matar animais e revelava-se seu protector chegando a comprar pássaros no mercado para depois soltá-los. Revelando uma coerência interna guiando-se por valores diferentes dos seus contemporâneos. Apesar da sua delicadeza observou condenados para estudar e desenhar as suas feições, estudava em cadáveres o que aos olhos de muitos era contraditório. Leonardo afirmou: “não se tem o direito de amar ou odiar qualquer coisa da qual não se tenha conhecimento profundo”, o que revela a sua natureza pesquisadora. Esta sua vida foi de tal forma inebriante que se esquecia dele próprio face ao universo, à natureza sua musa inspiradora. Pode-se dizer que a investigação substituiu a ação e a criação.
No estudo de Freud é citada a seguinte afirmação de Leonardo: “Parece que estive destinado a estudar o voo das aves pelo que me lembro de uma das minhas primeiras memórias de quando estava no meu berço, um abutre veio ao meu encontro”. Segundo Freud esta lembrança é muito mais uma fantasia do que uma imagem de memória. É certamente cheio de importância e simbolismo. O hieróglifo egípcios que representa a palavra mãe é um abutre, pois este povo acreditava que não existiam abutres fêmeas e que as fêmeas eram emprenhadas pelo vento. Leonardo tinha lido sobre isto e pensava também ela ser uma criança “abutre” - tinha mãe mas não tinha (Leonardo era filho ilegítimo e foi apenas aos cinco anos que o pai o recebeu na família.)
Ainda sob a alçada de Verrochio, conhece-se uma queixa anónima de sodomia, crime bastante grave, punível de pena de morte, no tribunal de Florença, que dois meses depois a queixa foi levantada por falta de provas. Há quem defenda que o episódio o condenou ao celibato para o resto da vida. Mas Sigmund Freud defende a castidade de Leonardo fundamentando que este nunca teria agido em conformidade com os seus desejos sexuais. Certo é que nunca lhe foi conhecida qualquer relação com alguma mulher e segundo Freud podemos identificar a sua luta com a sexualidade através da seguinte frase do livro de anotação de Da Vinci: "o acto da procriação e tudo com ele relacionado é tão nojento que a raça humana rapidamente desapareceria se não existissem caras bonitas e inclinações sensuais". Também se sabe que Leonardo escolhia os seus alunos pela beleza e não pelo talento, cuidando deles como uma mãe. Todos eles em talento, acabaram por cair no esquecimento após a sua morte.
Freud defende, no seu estudo, a tese da recordação da mãe de Leonardo expressa no sorriso de Mona Lisa, que o terá levado a pintar durante quatro anos. Aponta ainda a revolta contra o pai como sendo a origem do seu gosto pela investigação e o seu espírito infantil e indeciso.
Segundo Freud a vida de Leonardo é o exemplo de que: “o comportamento de uma personalidade no curso de sua vida é explicado em termos da acção conjugada da constituição e do destino, de forças internas e poderes externos”. Explica toda a obra de Leonardo à luz da obsessão da pesquisa associada à sublimação.
Bibliografia:
http://www.answers.com/topic/leonardo-da-vinci-and-a-memory-of-his-childhood
http://www.clas.ufl.edu/ipsa/2003/Greenw.html
http://svmmvmbonvm.org/davinci.pdf
http://www.loc.gov/exhibits/freud/freudobj.html
http://www.todayinsci.com/D/DaVinci_Leonardo/DaVinciLeonardo-Quotations.htm
http://en.wikiquote.org/wiki/Leonardo_da_Vinci
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/fd/AE-medal.jpg
http://dreamcurrents.blogspot.com/2008/10/flying-dreams-and-power-lines.html
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