- Algumas das mais interessantes sementes que podemos observar são as que se transportam por via aérea. São, sem dúvida alguma, as que apresentam formas mais elegantes e extravagantes. Muitas delas parecem ter pequenas asas ou pára-quedas próprio.
É graças a estas formas estranhamente aerodinâmicas que muitas das plantas que estamos acostumados a ver, quase diariamente, se conseguem propagar. Estas pequenas sementes pára-quedistas viajam, literalmente, ao sabor do vento, atravessando vales e montanhas até aterrarem finalmente no solo onde virão a crescer, até um dia o processo se repetir.
Algumas destas plantas apresentam movimentos tão complexos que vieram a inspirar algumas das primeiras aeronaves.
Abaixo apresentamos um vídeo, infelizmente narrado em inglês, no qual podemos observar os movimentos destas incríveis sementes voadoras:
- Uma das áreas da imagética do voo é o cinema.
Apresentamos aqui uma selecção de filmes sobre voar e sobre o voo filosófico:
- Voyage Dans La Lune
Ficha Técnica
Ano: 1902
Duração: 14 minutos
Realizado por: George Mélies
Produzido por: George Mélies
Escrito por: George Mélies baseado na obra “De Terre à Lune” de Júlio Verne
Elenco: Victor André/ Bleuette Bernon/ Brunnet/ Jean D’Alcy
Sinopse
Sendo este o filme mais conhecido de Mélies – provavelmente pela imagem icónica de um foguetão espetado num dos olhos do homem na Lua, esta curta-metragem de apenas 14 minutos, inspirada na obra de Júlio Verne, combina filme, animação, efeitos especiais e ópticos e cenários pintados à mão para simular perspectivas alucinantes.
Este espectáculo visual é interessantíssimo mas apresenta uma narrativa complexa e difícil de seguir (talvez por isso a versão original contenha um narrador).
Filme (versão não original)
- Dumbo
Ficha Técnica
Ano: 1941
Duração: 64 minutos
Realizado por: Samuel Armstrong/ Norman Ferguson/ Wilfred Jackson/ Jack Kinney/ Bill Roberts/ Ben Sharpsteen
Produzido por: Walt Disney
Escrito por: Helen Aberson (livro) / Harold Pearl (Livro) / Otto Englander (guião) / Joe Grant (guião) / Dick Huemer (guião)
Elenco: Edward Brophy/ Verna Felton/ Noreen Gammill/ Dorothy Scott/ Jeffery Silver/ Billy Sheets/ Malcom Hutton
Prémios: Óscar Melhor Banda Sonora/ Prémio Cannes Melhor Design Animado
Sinopse
Uma elefanta num circo ambulante recebe um filhinho da cegonha ao qual chama Dumbo.
Embora amado pela mãe, Dumbo é ridicularizado por todos os animais do circo e mesmo pelas pessoas por causa das suas orelhas ridiculamente grandes.
Apenas o rato Timothy consegue ajudar Dumbo a aperceber-se do seu enorme potencial.
Trailer
- One Flew Over The Cuckoo’s Nest
Ficha Técnica
Ano: 1975
Duração: 133 minutos
Realizado por: Milos Forman
Produzido por: Micheal Douglas
Escrito por: Bo Goldman/ Lawerence Hauben baseado no livro de Ken Kesey
Elenco: Jack Nicholson/ Louise Fletcher/ William Redfiel/ Danny DeVito/ Christopher Loyd/ Will Sampson
Prémios: Óscar de Melhor Filme/ Óscar de Melhor Realização/ Óscar de Melhor Argumento/ Óscar de Melhor actor Principal/ Óscar de Melhor Actriz Principal
Sinopse
McMurphy pensa que pode escapar ao trabalho na prisão, fazendo-se passar por maluco. O seu plano sofre uma reviravolta quando é enviado para um asilo mental.
Ele tenta animar a vida na instituição, jogando cartas e basquetebol com os seus companheiros, mas a chefe das enfermeiras tenta manter o controlo total sobre os pacientes.
Trailer
- The Right Stuff
Ficha Técnica
Ano: 1983
Duração: 193 minutos
Realizado por: Philip Kaufman
Produzido por: Robert Chartoff/ Irwin Winkler
Escrito por: Philip Kaufman (baseado no livro de Tom Wolfe)
Elenco: Ed Harris/ Scott Glenn/ Ed Harris/ Dennis Quaid/ Jeff Goldblum/ Fred Ward
Prémios: Óscar de Melhor Efeitos Sonoros/ Óscar de Melhor Edição/ Óscar de Melhor Musica Original/ Óscar de Melhor Banda Sonora
Sinopse
O livro de Tom Wolfe sobre a história do programa espacial dos EUA lê-se como um romance, tendo o filme a mesma qualidade de ficção.
Abrange a história de aviação americana desde a quebra da barreira do som por Chuck Yeager, aos sete astronautas Mercury, mostrando que ninguém tinha a menor ideia como executar um programa espacial ou como seleccionar pessoas para estar nele.
Emocionante, engraçado, charmoso e electrizante de uma vez.
Trailer
- Der Himmel über Berlin
Ficha Técnica
Ano: 1987
Duração: 127 minutos
Realizado por: Wim Wenders
Produzido por: Anatole Dauman/ Wim Wenders
Escrito por: Peter Handke/ Wim Wenders
Elenco: Bruno Ganz/ Solveig Dommartin, Otto Sander/ Curt Bois/ Nick Cave
Sinopse
Damiel e Cassiel são anjos que se movimentam, invisivéis, pela cidade de Berlim. Ouvem pensamentos de uma vítima do Holocausto, de passageiros num eléctrico e das pessoas nas ruas.
Damiel apaixona-se por uma trapezista de circo, e noite após noite, dirige-se ao pequeno e velho circo onde ela actua, deixando-se comover pela sua vulnerabilidade e pelas suas dúvidas.
Damiel já viu tudo, agora quer sentir.
Trailer
- Up in the Air
Ficha Técnica
Ano: 2009
Duração: 109 minutos
Realizado por: Jason Reitman
Produzido por: Jason Reitman/ Sheldon Turner
Escrito por: Jason Reitman/ Sheldon Turner (baseado no livro de Walter Kirn)
Elenco: George Clooney/ Vera Farmiga/ Anna Kendrick/ Zach Galifiniakis/ Jason Bateman
Sinopse
Ryan Birgham, voador frequente e pessimista crónico tem a vida tal e qual a quer: sem ligações emocionais, muitas regalias de voo e mais.
Tudo corre como planeado até se apaixonar pela enigmática Alex e ficar preso a trabalhar com a novata Natalie.
Trailer
- Up
Ficha Técnica
Ano: 2009
Duração: 102 minutos
Realizador por: Peter Docter
Produzido por: Jonas Rivera
Escrito por: Bob Peterson
Elenco: Ed Arner/ Christopher Plummer/ Jordan Nagai
Prémios: Melhor Filme Animado, Melhor Banda Sonora
Sinopse
Inspirado pelo seu herói de infância e pelos desejos da sua falecia mulher Ellie, Carl Fredrickson com ajuda de um aglomerado de balões voa com a sua casa para as selvagens florestas de Paradise Falls acompanhado por um pequeno escuteiro e um cão falante.
Trailer
- Voyage Dans La Lune
-
Um testemunho pessoal, na forma de poema, sobre a palestra "O voo e a emigração das aves. Adaptações, performances e limites, muito para além do que poderíamos imaginar":
E, naquela manhã, havia o voo
E, naquela manhã, havia o voo.
Eu estava do lado dos pássaros.
Com asas, e em equilíbrio instável.
Migratória e sem bússola.
Desenhava a cartografia das emoções com o olhar alado. Aguado.
Em busca do frágil equilíbrio, entre as penas e a quilha. Ícaro começava a morrer!
E, naquela manhã, havia o ar.
Recordo do seu cinzento e do frio, subtil aragem como um arco.
Um voo rasante, directo ao coração. Um punhal de sílex, uma faca branda e mortal. Uma lava que, escorrente, gelava.
Um silêncio, por dentro das palavras que dizia. Um eco, um grito, Uma alada casa que voava.
E, os rostos, como olhos de pássaros à espera da morte antes do final voo, inquietos, que em mim nasciam.
Surpreendidos por tanta vida ser coisa tão pouca. Estremeciam. As penas, que outrora se cobriam de ventos,
devoradas pelo medo.
E, naquela manhã, havia as aves,
Lembro de ouvir os aplausos. Como chegada a um sítio de que se conhece o nome mas que se não sabe descrever.
E, regressei. O peito aberto; os ossos frágeis, o trajecto ainda adiado, mas já em levante de músculos. Sorriso e tremura feitas aramas.
Rumo ao futuro, que o voo indica. Sem regresso. Com o conhecimento intrínseco da única rota.
Assim, dir-se-ia, em aprendizagem de ninho ou de raiz.
Ainda!
Teresa Amaro
- Existem vários mitos que incluem animais alados e aves.
De seguida apresentamos uma selecção de seres mitológicos relacionados com o voo, acompanhados de ilustrações feitas por alguns alunos:- Anzu
Ilustração e biografia realizadas por Rita Madalena Cabrita (12ºL – 2010/2011)
De acordo com a mitologia Sumero-Akkadiana (Mesopotania), Anzu é filho da Deusa ave Siris - uma divindade inferior da mitologia Akkadiana. Aparece referenciado como um servo do Deus Céu Enlil.
Anzu é um pássaro tempestade, personificação dos ventos do sul e das nuvens de tempestade.
É a guarda do templo sagrado e tinha como ordem garantir a segurança da Placa dos Destinos – placa na qual estavam escritos os destinos de todas as coisas do mundo. Esta criatura, encarregada de proteger a Placa dos Destinos, rouba-a e esconde-a no topo de uma montanha. Desta forma Anzu traiu o seu mestre ao roubar a placa. Existem três versões diferentes para o desfecho desta história: a primeira diz que os outros Deuses enviaram Lugalbanda para lhe tirar a placa e este matou o pássaro sagrado; a segunda diz que dois dos Deuses criaram um ser chamado Ninurta para matar o pássaro; a terceira versão – que consta no poema épico «O Hino de Ashurbanipal» – diz que foi o Deus Marduk que matou Anzu.
Apesar da diversidade dos desfechos, o que é óbvio é que, apesar de aterrorizados pelo pássaro, os Deuses juntam-se para planear a sua morte e tomarem de novo controlo da Placa dos Destinos.
Bibliografia
Websites:
http://www.deliriumsrealm.com/delirium/articleview.asp?Post=95
http://en.wikipedia.org/wiki/Zu_%28mythology%29
http://www.gatewaystobabylon.com/myths/texts/ninurta/mythanzu.htm
http://strangeworldofmystery.blogspot.com/2009/04/anzu-first-dragon-in-mythology.html
Livros:
BAUSSIER, Sylvie (2000). Mythologies. Paris: Editions Fleurus
- Benu
Ilustração e biografia realizadas por João Paulo Rodrigues (12ºL – 2010/2011)
As descrições da criatura mitológica intitulada Benu são historicamente inconstantes e confusas. Benu aparece referido como sendo uma garça-real amarela, todavia aparece fisicamente descrita no Museu Britânico como tendo a dimensão de uma águia com plumagem dourada e vermelha. Estas contradições dão azo a uma certa liberdade de representação do mito.
O mito Benu aparece representado pela primeira vez nos textos das pirâmides do Antigo Egipto. Essa informação remota ao Antigo Império (sec. XXVII a.C.) embora seja um pouco inconstante ao longo do tempo e nem sempre coincidente.
Benu é um nome que deriva do verbo “ueben” que significa “brilhar”, “ erguer”.
Alguns textos estabelecem um certo paralelismo entre Benu e a Fénix grega. Ambos estão relacionados com o nascimento do sol tendo capacidade de renascer.
Em certas referencias é designada como a alma (ba) do deus sol Rá quando este durante a criação do mundo pousou na pedra Benben. É também considerada para os antigos egípcios como a ave sagrada da cidade de Heliópolis, cidade que se encontra situada a nordeste do Cairo onde se encontrava a pedra Benben.
Em outros casos o Benu é referenciado como a alma de Osíris, deus da morte, surgindo após a morte pelas mãos de Seth, citando o Livro dos Mortos, “Eu vou como uma águia, e ergo-me como o Benu, a estrela do dia (Vénus) de Rá; Eu sou o Benu que se encontra em Heliópolis”.
Os antigos Gregos identificaram este animal com a Fénix. Segundo Heródoto o Benu vivia quinhentos anos antes de criar um ninho que era consumido pelo fogo. Dessas chamas nasceriam um novo Benu que após embalsamar o corpo do pai falecido o levava para Heliópolis onde depositava as suas cinzas no templo de Ré. Contudo esta informação não tem fundamentos relacionados com o antigo Egipto.
Bibliografia
Websites:
http://en.wikipedia.org/wiki/Bennu
http://www.touregypt.net/featurestories/benu.htm
- Dragão Oriental
Ilustração e biografia realizadas por Afonso Mota (12ºL – 2010/2011)
O Dragão Oriental (que provém da palavra long do chinês, ou yong ou ryong do coreano, e ryu em japonês), ao contrário do Dragão Ocidental é referenciado como um ser poderoso mais benevolente e amável, que controla o céu, a terra e o mar. Esta criatura mítica não é um monstro maligno que se esconde em cavernas escuras, mas sim uma energia rítmica e benigna. Este ser poderoso representa a energia do fogo, que destrói mas permite o nascimento do novo, a transformação e a mudança.
É um dos quatro animais espirituais convocados por Pan Ku (o Deus Criador) para participarem na criação do mundo. Na mitologia chinesa representa boa sorte e é a figura fundadora das famílias reais simbolizando a sabedoria e o Império.
Na sua iconografia geralmente encontramos uma bola de luz prateada como a lua ou dourada como o sol, esta pérola sagrada (Yoku) acredita-se ser a fonte de poder do dragão. Da sua cabeça de cavalo saem chifres de veado, olhos de trige, ouvidos de boi e focinho coberto de longos bigodes curvos de carpa. O seu corpo de serpente é constituído por quatro patas de águia, cada uma com quatro dedos para a frente e um para trás. Tem o corpo coberto de escamas reluzentes.
Todos os dragões têm o poder para se transformarem mudando de tamanho, se assim o entenderem.
Bibliografia
Websites:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Drag%C3%A3o_chin%C3%AAs
Livros:
BNIGG, Joseph (2003). The Book of Dragons. Lisboa: Dinalivro
- Dragão
Cósmico
Ilustração e biografia realizadas por Francisco Menezes (12ºL – 2010/2011)
A mãe de todos os Dragões era um monstro da babilónia - Tiamar. No princípio, antes de os céus e a terra terem nome, ela era a água salgada do escuro mar primitivo. Só mais tarde se tornou um Dragão fêmea com a pele tão espessa que as armas não a conseguiam atravessar.
O seu companheiro, Apsu, era a água doce. Da mistura das suas águas, Tiamat e Pasu fizeram filhos, cuja rebelde descendência incomodou tanto Apsu que ele planeou destrui-los. Ao saberem desta intenção, os deuses mais novos paralisaram-no com um feitiço de palavras e mataram-no. Tiamat em busca de vingança, criou uma variedade de monstros para lutar contra os assas: cobras gigantes venenosas, serpentes com chifres, demónios, escorpiões-homem, peixes-homem e touros-homem.
A guerra entre Tiamar e Marduc - rei do dos deuses, tinha começado. Este armado com arco e flechas e uma rede lançou-lhe um vento contra sua cara. Quando ela o ia a engolir, os outros ventos entraram-lhe pela boca e encheram-lhe a barriga. Então Marduc disparou uma flecha em direcção ao coração. Ao verem a sua queda, a manada de monstros fugiu derrotada. Marduc partiu então o corpo ao meio, criando com as duas metades o Céu e a Terra.
Bibliografia
Livros:
NIGG, Joseph (2003). The Book of Dragons. Lisboa: DINALIVRO
BAUSSIER, Sylvie (2000). Mythologies. Paris: Editions Fleurus
- Fenghuang
Ilustração e biografia realizadas por Rita Madalena Cabrita (12ºL – 2010/2011)
De acordo com a mitologia chinesa, Fenghuang é uma criatura celestial a quem se atribui o feito da criação do Mundo e do Universo. Depois da criação do universo os céus foram divididos em quatro quadrantes: norte, sul, este e oeste. Fenghuang reinava sobre o quadrante Sul, que representava o verão e o sol.
Reza a lenda que Fenghuang surgiu pela primeira vez ao imperador chinês Hung Ti por volta do ano 2600 a.C e que apenas se revelava aos mortais em alturas de grande paz e prosperidade.
Fenghuah é referenciado como o Imperador dos Pássaros porque todas as aves do céu o seguiam.
Contrariamente a todas as fénixes do ocidente, Fenghuang não é apenas uma ave, mas sim duas. Feng é o lado masculino e Huang o feminino – sendo uma representação do yin (Huang) e do yan (Feng).
Com o tempo o mito alterou-se e Fenghuang passou a ser apenas um ser só, geralmente caracterizado como feminino.
Bibliografia
Websites:
http://www.avians.net/paragon/fenghuang.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fenghuang
http://www.newworldencyclopedia.org/entry/Feng-huang
Livros:
NIGG, Joseph (2003). The Book of Dragons. Lisboa: DINALIVRO
- Fénix
Ilustração e biografia realizadas por Rita Madalena Cabrita (12ºL – 2010/2011)
A Fénix é caracterizada como “o pássaro de fogo sagrado”. Podemos encontrar nas mitologias: grega, persa, egípcia, chinesa, romana e fenícia referencias a este pássaro mitológico.
Esta ave tem um ciclo de vida que varia entre os 500 e os 1000 anos, no fim dos quais se incinerava e renasce das cinzas. A mitologia refere que o cantar da Fénix como uma melodia impressionante e as suas lágrimas como um antídoto para todos os venenos.
Na mitologia grega a Fénix tem a dimensão aproximada de uma águia e é parecida com um pavão. A sua cor, como o próprio nome diz - phoenix - é roxo avermelhado ou carmesim. De acordo com este mito, a Fénix habitava numa cidade chamada Phoenicia, perto de um poço. O deus Helios, ao transportar o sol nascente, parava para ouvir o seu cantar enquanto a Fénix se banhava nas águas do poço.
Flavius Philostratus refere-se à Fénix como um pássaro de origem indiana que por vezes migrava para o Egipto a cada 500 anos. Esta versão do mito é claramente inspirada no pássaro do deus hindu Vishnu, Garuda.
A versão egípcia da Fénix é identificada como sendo Benu. Tornou-se popular na arte católica como um símbolo da reencarnação de Cristo, Benu era uma espécie de garça ou cegonha dourada que representava o poder do sol. É possível que o flamingo tenha contribuído para este mito. De forma a manter os seus ovos a uma temperatura fresca, necessária para o bom desenvolvimento da cria no seu interior, estas aves de um rosa vivo ou branco constroem altos ninhos de ramos e algas. A corrente de água que passa constantemente por estes ninhos cria uma turbulência parecida a chamas. O nome científico para o flamingo comum é Phoenicopteridae, do latim Phoenicopterus – “com asas de Fénix”.
Bibliografia
Websites:
http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%AAnix
http://en.wikipedia.org/wiki/Phoenix_%28mythology%29
http://www.newworldencyclopedia.org/entry/Phoenix_%28mythology%29
http://www.mythencyclopedia.com/Pa-Pr/Phoenix.html
Livros:
NIGG, Joseph (2003).O livro dos Dragões, Lisboa: Dinalivro
- Grifo
Ilustração e biografia realizadas por Francisco Menezes (12ºL – 2010/2011)
O Grifo é a mais antiga representação de um ser vindo do céu. Surge no Oriente Médio nos babilónios, assírios, persas e nas culturas da Mesopotâmia. Encontram-se representações suas em pinturas e esculturas com cerca de sete mil anos. É representado com a forma de um leão alado gigante com cabeça e garras de águia. Refere a lenda que fazia o seu ninho ao pé de tesouros e punha ovos de ouro sobre ninhos também eles dourados.
O grifo é visto como guardião celeste, a versão ancestral dos Arcanjos. Que de milhares em milhares de anos, interfere cada vez que a Humanidade percorre o caminho da autodestruição.
Segundo a lenda os Grifos são inimigos eternos dos basilíscos, Crê-se que este mito advém de um possível equívoco com os fósseis de Protoceratops, dinossauro do Cretáceo originário da Mongólia.
Bibliografia
Websites:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Grifo
http://www.grifo.com.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=12&Itemid=26
Livros:
NIGG, Joseph (2003). The Book of Dragons. Lisboa: DINALIVRO
BAUSSIER, Sylvie (2000). Mythologies. Paris: Editions Fleurus
- Huginn e Muninn
Ilustração e biografia realizadas por Afonso Mota (12ºL – 2010/2011)
Huginn e Muninn são um par de corvos que estão normalmente associados ao deus nórdico Odin. Huginn representa o pensamento, e Muninn a memória.
A sua função destas duas aves era a de transportar notícias e informações para o seu mestre. Segundo a lenda, ambos são lançados de madrugada, para vigiarem e observarem o que se passa no mundo e regressam à noite.Nessa altura pousam nos ombros do poderoso deus e segredam-lhe as noticias.Segundo o mito Huginn e Muninn eram os olhos fiéis de Odin uma vez que era cego de um olho.
Estes dois corvos, fazem uma interpretação mítica da ligação entre memória e pensamento. Ou seja, através do pensamento podemos aceder às nossas memórias. E as nossas memórias, representam o nosso conhecimento, o qual Odin procurava insaciavelmente com a ajuda dos seus fiéis e indispensáveis amigos.
Segundo a lenda quando Huginn e Muninn morriam eram revividos no palácio dos céus.
Em última análise Huginn e Muninn simbolizam a extensão perfeita das capacidades do ser humano...
Bibliografia
Websites:
http://en.wikipedia.org/wiki/Huginn_and_Muninn
http://www.vikingage.com/vac/hugin.html
- Pássaro Trovão
Ilustração e biografia realizadas por João Paulo Rodrigues (12ºL – 2010/2011)
Pássaro Trovão é o termo utilizado para referir a ave mitológica da América nativa existindo referências a ela em várias mitologias indígenas embora variando de local para local. Entre várias versões destacam-se as que acreditavam que o Pássaro Trovão era o antepassado da humanidade ou ainda os que acreditavam que o Pássaro Trovão guardava no seu ninho os ovos de todas as espécies de aves.
Simboliza o poder das tempestades e da trovoada estando também relacionado com os rituais de luta contra os espíritos maus.
Reza a lenda que o Pássaro Trovão tinha umas asas tão grandes que ao bate-las provocava ventos. Devido ao tamanho das suas asas e ao embate que as correntes de vento faziam nestas produziam-se os trovões que ecoavam por diferentes partes do céu. O mito referencia que os relâmpagos eram criados pelo seu pestanejar e que a chuva derivava do lago que este tinha nas suas costas. As pedras negras que são encontradas em todo o continente americano eram identificadas ser como sendo as setas dos relâmpagos do Pássaro Trovão.
A lenda refere que o seu físico era tão grande que possibilitava ao Pássaro Trovão caçar baleias nos mares do noroeste das Américas e derrubar árvores para comer os insectos que se encontram no interior desta. O Pássaro Trovão tinha inimigos no fundo dos mares como a Grande Serpente Marinha.
Bibliografia
Websites:
http://www.mythencyclopedia.com/Sp-Tl/Thunderbird.html
http://www.atmos.washin++gton.edu/quillayute.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Thunderbird_(cryptozoology)
http://www.gods-and-monsters.com/thunderbird-myth.html
- Roc
Ilustração e biografia realizadas por Afonso Mota (12ºL – 2010/2011)
O Pássaro que arrebata Elefantes - Roc, ou Rukh. Diz-se que é uma adaptação abreviada do pássaro mitológico Simurgh. É conhecido por ser uma enorme ave de caça, diz-se que era capaz de atacar elefantes e carregá-los, para depois se alimentar deles. É também conhecido como o Rei dos Pássaros Gigantes, conta o mito que é tão grande que escurece a terra com o seu voo, encobrindo o sol. Este monstro é descrito como tendo sido “visto” desde os Mares da China até ao Madagáscar.
Há pelo resto do mundo mitos muito semelhantes ao de Roc, incluindo folclores dos nativos Americanos, contos de Judeus Europeus ou mesmo Chineses.
Existem muitas possibilidades sobre as origens deste pássaro lendário, Rudolph Wittkower (1901 – 1971) afirma que este surgiu na batalha entre o pássaro solar indiano Garuda e a serpente Nãga.
Julga-se que o mito de Roc pode ter surgido da mesma forma que o mito dos dragões, através de uma má interpretação dos fósseis encontrados em tempos antigos, antes de possuirmos os instrumentos e a técnica para conseguirmos interpretá-los correctamente.
Outra hipótese que explica as origens do Rei dos Pássaros Gigantes tem origem no aparecimento do sol durante um eclipse, que se diz ter tomado forma de um pássaro enorme.
Uma outra teoria que suporta o mito de Roc surge devido a uma mal interpretação humana, um problema que a nossa história natural sempre teve até ao surgimento da câmara fotográfica, ou seja, um animal poderia ganhar atributos e mudar de forma em cada nova versão do conto (“quem conta um conto acrescenta um ponto”).
Uma das explicações mais óbvias surge do pássaro-elefante (agora extinto), que habitava em Madagáscar, media cerca de 2,7 metros, podendo ter originado o mito.
O Roc pode ser encontrado na literatura do Médio Oriente no século VIII mas apenas captou a atenção do povo Ocidental, quando o explorador Marco Pólo (1254 – 1324) relatou no seu livro de viagens múltiplos aparecimentos de uma ave gigante.
Também é muito conhecido entre muitos contos de marinheiros, que afirmam ter visto uma montanha a pairar sobre o mar, entre os quais o marinheiro fictício Sinbad.
Bibliografia
Websites:
http://en.wikipedia.org/wiki/Roc_(mythology)
https://myth-wiki-ology.wikispaces.com/Roc
http://www.worldlingo.com/ma/enwiki/en/Roc_(mythology)
http://www.wisegeek.com/what-is-a-roc.htm
Livros:
NIGG, Joseph (2003). The Book of Dragons. Lisboa: DINALIVRO
- Serpente Arco-Íris
Ilustração e biografia realizadas por Francisco Menezes (12ºL – 2010/2011)
Na Austrália central, o sonho é uma narrativa que conta as acções dos antepassados míticos do tempo do Altjeringa, num passado distante mas eterno relembrado nas cerimónias sagrada. Os Aborígenes imitam o que os seus antepassados fizeram no Tempo dos Sonhos sendo que cada tribo tem em conta apenas a história dos seus antepassados naquele território. Assim cada tribo é uma peça que pertence a um mesmo grande puzzle, completando o saber das outras tribos, mantendo a paz entre os aborígenes.
As grutas são lugares de culto onde levam objectos mágicos que representam o poder dos espíritos. Por vezes derramam um pouco de sangue, também ele mágico. Depois pintam por cima das pinturas, geralmente de animais cuja forma foi tomada pelo espírito do local no Tempo do Sonho, feitas anteriormente pelas gerações anteriores conservando-a da mesma maneira acreditando que assim a espécie desenhada vai-se reproduzir abundantemente, o que salvará as tribos da fome.
De acordo com os aborígenes Arandas, o mundo foi criado quando os seres que dormiam debaixo da terra acordaram durante o Tempo do Sonho. Vieram à superfície do mundo para trazer a vida, a água e ensinar os homens a se aquecerem e alimentarem…
A Serpente Arco-íris tem uma extrema importância nesta mitologia. Saiu da água subterrânea no tempo do Tempo do Sonho. Rastejou pela terra, criou com as suas ondulações as planícies e as montanhas, criou as águas das chuvas e os primeiros antepassados. A serpente mora no arco-íris e segundo algumas tribos, também nos cristais de quartzo. Segundo a lenda deu aos “homens da medicina” poderes para tratar doentes, ver os espíritos e a alma dos mortos. Acreditam que ao engolirem os cristais de quartzo ou bivalves como a madre pérola, absorvem os poderes da serpente arco-íris.
Bibliografia
Livros:
NIGG, Joseph (2003). The Book of Dragons. Lisboa: DINALIVRO
BAUSSIER, Sylvie (2000). Mythologies. Paris: Editions Fleurus
- Simurgh
Ilustração e biografia realizadas por João Paulo Rodrigues (12ºL – 2010/2011)
Chamamos de Simurgh ou Simorgh a uma entidade divina persa personificada por uma ave dócil que se assemelha ao Grifo e à Fénix.
O seu surgimento é tão antigo que há a crença de que esta ave observou a destruição do mundo por três vezes. E devido a isto julgava-se ainda que possuía a sabedoria conjugada de todas as idades/épocas mundiais.
Simurgh é caracterizado pelo seu comportamento dócil e é descrito como benevolente, de carácter quase feminino e com uma feroz inimizade com cobras. A lenda afirma que possui poderes curativos de tal magnitude que só o seu toque cura as doenças mais graves.
Fisicamente este é, por vezes, descrito como tendo patas de cão, asas e a cauda de pavão e garras de leão. Devido ao seu tamanho é capaz de caçar elefantes ou mesmo baleias. Mas pelos meados do século XV ou XVI a imagem do Simurgh passa a afastar-se das semelhanças com o grifo e passa a assemelhar-se com o Huang, ou seja, a Fénix chinesa.
O seu habitat é a árvore da vida. Esta está carregada de todas as sementes existentes no mundo. Por vezes vive também na montanha Alborz, localizada na cosmologia Iraniana na mais distante costa do Mar Cáspio para o este.
O destino do Simurgh é referido como sendo, em conjunto com o grande peixe Kam, proteger a árvore da vida. É referido também que, quando levantava voo, as sementes que se encontram na árvore da vida se espalham pelo mundo dando origem à plantação de todos os tipos de árvores.
Simurgh possuia a capacidade de purificar as águas e fertilizar os solos. Numa das lendas antigas que constituem o seu legado, conta que o Simorgh viveu cerca de 1700 anos antes de se transformar em chamas, tal como a Fénix.
Bibliografia
Websites:
http://www.monstropedia.org/index.php?title=Simurgh#Art_.2F_Fiction
http://en.wikipedia.org/wiki/Simurgh
http://www.suite101.com/content/simurgh--persian-mythological-griffin-a218129
- Anzu